Israel mas que agito! (continuação)

*Depois que Lety saiu com Haruka, eu resolvi passear um pouco pela vila que ficava próxima ao palácio. Apesar de já ser de noite, a vila ainda estava movimentada. Eu estava a pé e observava a pobreza em que viviam.*

Ali(pensando): Que coisa... apesar de minha família fazer constantes doações, a fome e a miséria no mundo parece que só aumentam. Mesmo aqui, nesta vila, próxima aonde vive Abubu, a miséria é alta. É claro, esta situação se deve principalmente por causa da guerra entre Israel e Palestina... Tsc, será possível que eu vou ter que ir pessoalmente falar com os líderes de novo?

*Eu começo a me lembrar dos anos de minha juventude(que não foi à tanto tempo, diga-se de passagem), onde junto com meus amigos viajamos pelo mundo tentando impedir guerras que destruiriam a Terra. Conseguimos, várias vezes, mas também falhamos em muitas. Eu vou até o orfanato. Mesmo sendo tarde, as crianças ainda estavam acordadas e, ao me verem, pulam no meu colo. Sarina, a mais velha do local(e temporariamente responsável, me cumprimenta de forma mais singela*

Sarina: Boa noite, príncipe Ali... não esperava o senhor aqui a esta hora.
Ali: Sabe como eu sou, gosto de fazer surpresas, Sarina. Pena que desta vez eu não trouxe nenhum presente para as crianças...
Sarina: Tudo bem, acho que eles irão gostar de ver um de seus truques.
Ali: Boa idéia!

*Diante de vários olhares infantis e esperançosos, eu estalo os dedos e de repente omeço a flutuar; as crianças aplaudem, mas logo são surpreendidas quando um vento passa por elas e todas começa a flutuar junto comigo. Após alguns segundos, eu coloco todos no chão, que gritam eufóricos, pedindo que eu repita o truque, mas eu não podia perder tempo.*

Ali: Sarina, por favor, me diga onde está Talim? Já faz meses que não a vejo.
Sarina: Bem, ela disse que iria viajar por alguns dias, a mando do príncipe Abubu, mas ainda não voltou.
Ali(Pensando): Humm... então Abubu realmenet não mentiu. Eu devia me sentir um idiota por desconfiar do meu próprio irmão... mas por que acho que tem alguma cosia errada nessa história?

*Fico ainda por meia hora no orfanato, contando histórias para as crianças e decido voltar para o palácio, mas prometendo voltar outro dia, desta vez com presentes. Chegando no palácio, as apresentações do grupo Hinata ainda prosseguiam, mas desta vez eu notava que Lety me olhava.*

Ali(Pensando): Será que... não, não posso pensar desta forma. É melhor eu ir com mais calma...

*Após as apresentações finalmente terminarem, próximo da meia-noite, Abubu se levanta de seu trono*

Abubu: Bem, muito obrigado por mais esta apresentação. Mas agora já é tarde e é melhor todos nos recolhermos a nossos aposentos. Boa noite a todos... e durma bem, Ling-chan.

*Todos se cumprimentam e se dirigem a seus quartos. Eu me levanto de meu assento e vou até Abubu, de forma que ninguém nos veja conversando*

Ali: Irmão, eu queria lhe pedir desculpas.
Abubu: Pelo que, Ali?
Ali: Eu... desconfiei de sua palavra e fui até o orfanato.
Abubu: Ora! Mas por quê?
Ali: Foi besteira minha... achei qeu você tivesse mentido sobre Talim.
Abubu: Não sei como pôde pensar uma coisa dessas, após tantos anos e após eu o receber em minha casa como se fosse a sua! Estou sinceramente ofendido... irmão.
Ali: Peço desculpas mais uma vez, irmão. Mas... tem outra coisa.
Abubu: O que?
Ali: Passeando pela vila, não pude deixar de notar que a miséria ainda é uma constante, apesar de sermos uma família abastada que ajuda no combate à pobreza. O que anda fazendo?
Abubu: está desconfiado novamente de mim, Ali?
Ali: Não, só estou perguntando porque estranhei.
Abubu: Ora, um homem viajado como você é a última pessoa que poderia achar isso, irmão, e até me admira que não tenha pensado. Somos uma das poucas vilas mulçumanas em Israel; a guerra tem drenado demais nossos recursos, além da opressão israelense ser muito forte, por parte dos infiéis. Allah é testemunha de que fiz o que pude. Não se esqueça que sou eu quem financia o orfanato.
Ali: Humm...
Abubu: Além disso, como bem deve saber, devido ao esquema de Kunisaki, as finanças de nossa família sofreram um sério rombo. Por pouco não fomos à falência.
Ali: Tem razão. Mais uma vez, me perdoe irmão, por ter desconfiado de você. Em compensação, eu gostaria de oferecer um banquete aqui em seu palácio.
Abubu: Humm, não sei.
Ali: Ora, vamos! Deixe-me compensar meus maus pensamentos! Eu quero agradar nossos convidados também...
Abubu: Há, eu sabia! Quer oferecer o banquete em homenagem à bela japonesa, não é mesmo? A Lety?
Ali: Hã... bem...
Abubu: Hahaha, tudo bem, você nunca conseguiu me enganar irmão! Tudo bem então, permito que ofereça o banquete em meu palácio.
Ali: Obrigado, irmão. Que a graça de Allah esteja com você! E boa noite!
Abubu: Aleikham Assahlam, irmão.

*Vou correndo para meu quarto. Abubu faz o mesmo. tomando cuidado para não ser seguido e, através de uma senha, abre um compartimento secreto em seu quarto, onde peças extremamente raras estão guardadas.*

Abubu(Pensando): Em compensação eu sempre o enganei facilmente, seu idiota...logo, as peças raras dos membros da Pensão Hinata estarão adicionadas à minha coleção, e aí sim poderei iniciar meu plano. Uma das peças mais importantes já está em meu poder...

*Abubu abre uma redoma onde estava preso em animação suspensa ninguém menos do que Raioh-Kih, o cabbit de Azrael. Abubu acaricia o vidro, mas logo o cobre novamente. Ele olha para algumas prateleiras vagas*

Abubu: E as suas peças também, Ali, estarão entre os meus pertences... e nem você nem ninguém poderá me deter.

Continuem...

*No quarto-cela, eu conversava com o velho Emil sobre o que me acontecera*

Az: Eu sei que, comparado com você, eu sou muito jovem... mas já vivi tanta coisa nessa minha vida que sinceramente, não sei como não enlouqueci.
Emil: Não se preocupe, meu jovem Az, que eu também já vivi muito e passei por muitas e boas. Acredite, nada do que você me contar realmente irá me surpreender...

*Naquele instante, eu lembrei das palavras do capataz do navio em que trabalhei pouco antes do sequestro, e quase sorri, mas a dor nas minhas costelas ainda fraturadas não deixou. Em vez disso, eu continuei a contar minha história pra ele. Contei sobre a burrada que fiz no orçamento e que além de deixar a Pensão quebrada, não tive coragem de contar nem pros meus amigos nem pra minha noiva. Contei sobre meu bico no navio, e de como acabei sendo refém de um velho inimigo*

Az: A última coisa que me lembro é de que ele cortou meus pulsos...
Emil: O resto é fácil de deduzir, rapaz. Ele te vendeu para Al-Ben-Zin, um comerciante de escravos que vive aqui em Israel.

*Eu olho para meus pulsos enfaixados*

Az: Como será que eu sobrevivi?
Emil: Provavelmente, porque seus braços estavam suspensos. Ou então você tem muita força. Ou Deus gosta muito de você.

*Naquele instante eu lembrei do significado do nome Azrael("Aquele que é Protegido por Deus") e finalmente sorri, apesar da dor.*

Az: Não sei... se Deus gosta tanto assim de mim, porque eu tenho que passar por tudo pelo que já passei?
Emil: Isso, só Ele sabe. Vamos, é melhor você comer alguma coisa agora, temos muito trabalho pra amanhã.

*Ele terminou de fazer a sopa, serviu num prato e colocou em cima das minhas pernas. Apesar do aroma nada convidativo, a minha fome era grande, pois já faziam muitos dias que eu não comia. Tentei pegar a colher, mas meus dedos simplesmente não se fecharam. Por mais que eu tentasse, não consgeuia mover direito minhas mãos, apesar de sentí-las.*

Az: O... o que está havendo? Por que não consigo mexer minhas mãos...?
Emil: Tsc... era o que eu temia. Sinto muito, garoto, mas seus tendões foram cortados junto com seus pulsos. Eu tentei remendar enquanto cuidava de você, mas não teve jeito. Você não poderá mais mover as mãos.

*Com raiva, eu empurrei o prato com minhas mãos aleijadas e ele caiu no chão. Comecei a chorar. Praticamente tudo havia sido tirado de mim agora; estava longe de casa e sem a menor idéia de onde exatamente eu estava, longe da mulher que eu amo e sem saber como ela está, humilhado, torturado e agora, aleijado. Não poderia mais escrever, nem fazer nada com as mãos... e talvez nem mesmo lutar. Além de tudo isso, eu agora podia olhar com clareza o estado do meu corpo; se antes eu era um homem em forma e de constituição boa, agora eu sequer parecia humano: além das muitas cicatrizes deixadas por Deadline(que rasgou principalmente minha pele em várias partes, inclusive no rosto), eu estava extremamente magro devido aos dias sem água nem comida, parecia mais um esqueleto humano. Como Lety-chan poderia amar um... monstro, que nem eu era agora? A dor e a angústia me fizeram finalmente desabar em lágrimas. Emil tocou no meu ombro.*

Emil: Acalme-se, Az... eu imagino que seja difícil pra você.
Az: Ungh... o pior nem é isso... o pior é que talvez... eu ache que eu mereça tudo isso...

*Emil então pegou o prato do chão, pôs mais sopa e me ofereceu com a colher.*

Emil: Eu não sei o que poderia fazer qualquer ser humano merecedor disso, e duvido que você o seja, rapaz.
Az: Como pode dizer isso? Você nem me conhece!
Emil: Não, mas nenhum ser mereceria nada disso, e seus olhos bondosos não revelam nenhuma culpa grande o bastante para tral coisa, meu jovem. Porém, sou todo ouvidos se quiser contar, Az.

*Com dificuldade eu resolvi contar minha história a ele, enquanto ele me servia a sopa, a qual eu relutantemente tomava, não só pela situação ser amarga, mas pelo sabor ser pior ainda.*

***

*Enquanto isso, no calabouço de Abubu, Lety-chan conversava com Sao Kumi. Porém, intrigado com a conversa, um outro prisioneiro se aproximou das grades e ouviu toda a conversa. Rapidamente, ele escreveu um bilhete e, com dificuldade para não ser notado, colocou no bolso de Lety-chan através das grades. Em seguida, ele foi se deitar, desta vez com um fio de esperança no coração. Ninguém ali tinha como saber, mas aquele prisioneiro havia sido capataz em um certo navio.*


CONTEÚDO DO BILHETE

Senhorita, peço que me perdoe, mas não pude deixar de ouvir sua conversa. Eu trabalhei num navio em que trabalhou um rapaz que todos chamavam de Azrael, e ele falava o tempo todo em sua noiva; a descrição dela bate exato com a sua aparência e com o seu nome, além da conversa entre vocês estarem muitos nomes e citações que ele fazia. Se quer saber o que aconteceu com ele, por favor venha que lhe contarei, uma vez que acredito que apenas vocês terão uma chance de me salvar deste lugar. Minha cela fica ao lado da de Sao Kumi.

Continuem...

"Depois de muito tumulto em sua mente, ela resolve descançar... A luta só é vencida se você tiver uma reserva de força!"

NEXT CHAPTER: MENSAGEIRO

*Lety estava cansada, aquela noite fora animada, sabia que logo no dia seguinte iria haver outro banquete, mas feito pelo principe Ali... O que ele tinha de tão parecido com a pessoa que lety tanto amava? Ela não sabia responder... Somente sentia o olhar dele e pensava no que estaria acontecendo a Az, logo ela decide ir ao seu quarto.*

- Droga... -.- ... *sentou na cama* sem comunicação... sem... sinal de luz ou fogueira... cade você amor? -.-

*Lety coloca sua camisola branca de seda e vai ao quarto de Moka chan*

- Onee chan... *bate na porta e entra falando* Como você está? deve estar tão maluca pensando no nii chan que nem eu pensando em Az... né? já resolveu ligar pra ele? eu vou dar uma ligada pra saber como estão as coisas pela pensão... ¬.¬ meu sexto sentido anda meio perturbado...

*pega o celular e disca o numero de Xysuke*

- Moshi Moshi... Nii chan... como você está? Anooo... *pensa em comentar sobre Sao Kumi... Mas, pensa duas vezes... e sai do quarto de Moka chan fazendo um sinal de positivo e que iria voltar logo ao quarto dela*

- Hai... Mas, nani? Uma garota esteve ai? o.O ... *lety começa a pensar nas palavras de Sao Kumi enquanto caminhava pelos arredores do castelo com seu chinelinho de bonta Kun (bichinho do anime Full Metal Panic)* Anoo... Nii chan... -.- eu to preocupada com algumas coisas... e precisaria que você viesse... *lety quando percebe já estava dentro da cela de Sao Kumi* preciso que fale com uma pessoa... -.-

*Su chan retira a mordaça de Sao... Lety poem o telefone na orelha do pai de Xysuke*

- Olá meu filho... ^^... as coisas não andam muito agradáveis por aqui... seu velho pai está em maus lençóis em uma cela... Mas, sabe o que é incrível? essas garotas hinata... huuhuhuhhu... cof cof... *Sao parecia doente... mas, por um momento lety viu um leve sorriso no rosto de Sao ao falar com o filho* elas descobriram o meu paradeiro... enquanto você recebia a presença de uma jovem guerreira por ai... Se você estiver pronto... -.- mandarei um contato meu buscar você de helicóptero... -.- mas, esteja pronto para qualquer coisa... ¬¬ adeus...

*lety pega o telefone de volta*

- mano... eu sei... que parece loucura... mas, as coisas estão estranhas demais aqui... Moka Onee chan precisa tbm de você... e nós tbm... escute com atenção... Sao disse q vai mandar alguém ai te buscar aguarde ok? Beijos amo você nii chan! *desliga*

le: Então você vai ajudar finalmente seu filho... ¬¬

Sao: heh... você ainda desconfia de mim Naruza?

le: -.- muito bem... de o numero desse seu contato... e mande ele buscar xysuke! talvez fazendo isso pelo seu filho vc talvez ganhe a minha confiança ¬¬*

Sao: você é muito forte garota... ^^ e essa força vc consegue transmitir pra todos a sua volta.

*lety disca o numero que Sao deu a ela... ele fala alguma coisa em chines e depois desliga*

le: ¬¬ quanto tempo ele chega lá?

Sao: ^^ ele foi bem treinado por mim... vai saber chegar rapidinho...

*Depois de um tempo Lety sai do lugar indo ao quarto de moka chan*

- Desculpe Onee chan... Ele está bem *lety disfarça para não preocupá-la ainda... a pedido de Haruka* disse que logo estará aqui! Não é uma coisa boa? ^^ *sorri*

*logo depois lety volta para seu quarto... e começa a dobrar seu casaco quando algo cai no chão era um bilhete*

CONTEÚDO DO BILHETE

Senhorita,
peço que me perdoe, mas não pude deixar de ouvir sua conversa. Eu
trabalhei num navio em que trabalhou um rapaz que todos chamavam de
Azrael, e ele falava o tempo todo em sua noiva; a descrição dela bate
exato com a sua aparência e com o seu nome, além da conversa entre
vocês estarem muitos nomes e citações que ele fazia. Se quer saber o
que aconteceu com ele, por favor venha que lhe contarei, uma vez que
acredito que apenas vocês terão uma chance de me salvar deste lugar.
Minha cela fica ao lado da de Sao Kumi.

*lety seu coração ficar descontrolado... ela coloca o casaco e sai correndo até o lugar*

la: *olha da janela do quarto e ve a agitação da irmã* ¬¬ droga assim ela vai chamar atenção! *lana ouve movimento pelo castelo e resolve se disfarçar como lety chan*

*Lana desce as escadarias e segue rumo a cozinha... alguns guardas que seguiam lety viram lana entrar lá... e foram atrás dela*

- Irmãzinha vc me arranja cada uma... *lana pensava enquanto ajudava lety a chegar naquele lugar sem ter ngm para acompanhá-la*

guarda 1: Senhorita... está tudo bem?

*lana tomando um copo de água*

- e pq n estaria? ^^ as vezes sinto sede a noite! *imitando até os gestos de lety chan perfeitamente*

ENQUANTO ISSO...

*Lety chega ao calabouço... e percorre as celas... ela chega a cela ao lado e atira o papel na direção da pessoa*

- foi você que colocou isso no meu casaco? *mto séria* por favor... *de cabeça baixa* diga como conhece o meu noivo? *lety estava contento as lágrimas preocupada seus olhos brilhavam de tanta angústia*

...