|Eternal Souls| todos merecem uma segunda chance

[Continuação do tópico lembranças do passado]

Ash sentia o carro acelerar após passar de um sinal vermelho. Ele olhou a garota à sua frente, a menina de cabelos brancos dormia tranquilamente.

-Bem, acho que deu tudo certo... *sorri, olhando para a própria mão* Ao que me parece, agora sou um simples humano. *faz a bola de energia branca sair de sua mão* Mas vejo que ainda tenho alguns poderes... Bom *sorri* isso vai ser o suficiente para me esconder de Deus por um tempo...

Ele levou os olhos à garotinha ao lado de Nayou. Ela olhava pela janela enquanto dedilhava o vidro.
Ele as fez irmãs nessa vida. Achou justo dividir as crianças, mas mesmo assim ele não sabia exatamente o que acontecera ao garotinho. Não sabia se ele estava com Byaku ou se ele viria novamente como filho do casal.
Ele mentalmente continuava a tecer o novo mundo, em alguns pontos cruzava o caminho dos amigos para que eles se reencontrassem...
O carro parou, finalmente tinham chegado à pensão. Ash desceu e deixou Nayou e Lizzy lá; em momento algum elas perceberam que tinham a companhia dele.

Ash deixara a memória do antigo mundo adormecida dentro de cada uma das pessoas, não ia se sobrecarregar com tantas memórias de tantas vidas. E dessa forma, algum dia talvez, os outros pudessem se lembrar de todo o acontecido...

Ele saiu caminhando para longe da pensão, podia ver ao longe que mais um novo morador vinha chegando.

Yoko vinha correndo enquanto olhava para o relógio em seu pulso. Ela já estava além de atrasada para o trabalho, e ainda nem tinha se trocado e esquecera completamente que tinha que deixar as fotos para o teste na agência de modelos que ficava à alguns quarteirões.

-Kissou... Se eu me atrasar hoje de novo o chefinho me mata.... *suspira* Uh? Que carro é esse?

Yoko foi diminuindo o ritmo e observava o carro de longe, não conhecia ninguém que tivesse um carro daqueles por ali. Ela ficou observando, a porta se abriu e uma criança pulou para fora; Yoko viu que tinha mais alguém no carro mas logo seu telefone começou a tocar, era seu chefe, irritado e perguntando onde ela estava.
Ela resolveu deixar o carro de lado e voltou a se apressar para o trabalho.

Yoko tinha 19 anos e vivia trabalhando. Trabalhava em uma lanchonete, em um bar e fazia uns bicos como modelo às vezes. Morava há algum tempo na pensão e adorava quando chegava gente nova, logo corria para se apresentar... Estava doida para chegar em casa e ver quem eram os talvez novos moradores...

*Próximo ao anexo da Pensão Hinata, no topo da colina, eu estava treinando. Nada de muito pesado, só fazendo alguns Katas para relaxar mesmo. Daquele ponto de observação privilegiado eu podia observar toda a Pensão e seus arredores. Eu era um dos moradores mais antigos da Pensão, e aquele era o lugar que eu podia chamar de lar. Meu lar... o lugar onde eu, meus amigos e minha amada moravam. O lugar onde sonhos literalmente se tornavam realidade. O lugar que eu havia jurado proteger, e o fizera até agora. Tantas coisas haviam acontecido ali... Nos últimos tempos eu andei afastado da Pensão(obs.:devido aos problemas vistos na aventura de Israel), mas agora estava de volta à boa e velha rotina de Chefe da Guarda e protetor da Pensão(e existe rotina num lugar desses? Heheheh). O vento soprava pela colina trazendo um aroma de cerejeiras e exalando uma tranquilidade incomum na Pensão*

Az: Que paz... quase não parece a Pensão Hinata, heheh.

*Vejo os moradores da Pensão aqui e ali, ocupados com seus afezeres diários, e vejo Yoko correndo para ir ao trabalho. É quando noto o carro se afastando e deixando três pessoas ali. Nayou e Lizzy eu conhecia, já que eram habitantes da Pensão, mas quem era o outro? Um carona que dividiu o mesmo táxi com Nayou? Havia alguma coisa nele, algo... familiar? Eu páro meu exercício, uma sensação ruim estava me incomodando. Na verdade, aquela sensação eu já sentia há algum tempo, era como se... alguma coisa estivesse acontecendo. Algo que eu não conseguia ver ou entender, ou simplesmente não sabia. Enxugo o suor do meu rosto por reflexo(não estava suando), e noto algo estranho: meu nariz estava sangrando*

Az(pensando): O que... será que eu me esforcei demais sem perceber...? Não pode ser... e o que será isso que eu estou sentindo?

*Olhei novamente e o estranho já estava longe. Mesmo assim, a sensação continuava. Respirei fundo*

Az(Pensando): Acalme-se, Edu, você nunca foi bom com intuições e previsões... na certa, deve ser resquício do que aconteceu lá no deserto. Ou talvez seja a presença de Nayou e sua natureza sobrenatural. Acho melhor ir tomar um banho e comer alguma coisa, que isso pode ser fome.

*Reverencio cumprimentando meus Mestres e desço a colina, em direção ao prédio da Pensão. Talvez, se tivesse dado mais atenção a meus instintos, eu poderia ter evitado o monte de problemas que agora pairavam sobre a Pensão e seus moradores... e muito mais.*

Continuem...

Lizzy- *andando na frente* Irei descansar Nay-san, ao contrário de você, eu fiquei acordada durante toda a viagem...

Nayou assentiu e se dirigiu ao sofá, sentando-se e buscando relaxar. Ela coçou os olhos, tinha dormido durante toda a viagem...
Ela olhou em volta, a pensão estava mais quieta do que ela se lembrava ser, será que tinha acontecido algo?
Ela deu de ombros, aquilo não importava no momento... Ela estava de volta graças à um pedido de seu pai, que pediu (lê-se ordenou) que ela e Lizzy dessem um tempo da cidade de Hakhun para que ficassem seguras.
Algo sobre um vírus que estava sendo espalhado entre alguns demônios...

-Besteira...

Nayou resmungou enquanto encostava sua cabeça no sofá e fechava os olhos entediada.

Byaku não sabia como estava ali. Havia ido parar à alguns quarteirões da pensão, onde pegou amizade com um pequeno gato negro com chapéu de bruxa. Por algum motivo, o gato falava, e gostou muito da companhia de Byaku.



- Ruuum! Você devia comprar leite para mim, Byaku-kun!

- Não sei por que me segue.. Nem te conheço.

Mesmo assim, a gata continuava o seguindo. Era irritante, Byaku nunca gostou de animais e muito menos um que falasse. Após andar muito tempo, uma criança estava ali andando sozinha, tentando procurar seus pais de forma confusa. Byaku o ignorou de primeira vista, mas sentia algo diferente... A aparência dele era de assustar com Byaku, e sua energia... Era tão semelhante...

- *Chorando* Eu quero o meu pai!

Byaku tentava ignorar o choro do garoto, tentava seguir para sua casa, já não bastando uma gata o seguir. Após alguns minutos escutando aquele choro, se aproximou do garoto com o último estoque de marshmallow versão para bolsos.

- Pode ficar com ele garoto... Só pare de chorar, tudo bem?

O garoto parava na hora, olhava para Byaku também muito confuso. Ele pegava o marshmallow e o comia, sentindo uma sensação completamente familiar, semelhante a um dejavour. Após isso, Byaku continuava seguindo em frente, e então sentia algo apertar sua mão: era a criança que estava o seguindo.

- Por que você não vai procurar seus pais?

- Não sei aonde eles estão...

Byaku tentava retirar sua mão dali, mas o garoto apertava com força, era como se fossem um imã. Byaku por fim se conformou, indo em direção à pensão. A gata estava em cima de sua cabeça, dando um leve cochilo da tarde, e não demorou muito para o garoto escalar as costas de Byaku e ficar pendurado em seus ombros.

- É aqui que você mora?

- É aqui que eu estou hospedado...

Ia entrando na pensão e via Nayou, a mesma garota que havia se hospedado dias atrás, pelo menos era o que Byaku se lembrava. Era estranho... Byaku a olhava e sentia algo diferente, como se a visse por uma vida inteira, como se a conhecesse melhor que ninguém... Mas não sabia responder nem sequer qual era o sobrenome dela.

- Yo...

E assim ia passando, se sentando numa poltrona no outro lado da sala, suspirando fundo pelo fardo de ter que ficar carregando uma criança e um gato sem ele querer.

Yoko chegou no trabalho apenas para descobrir que seu chefe ja tinha achado uma substituta para àquela noite.
Ela passou na agencia, entregou as fotos e voltava para a pensão enquanto via o sol bem alto no céu.

Após algum tempo caminhando, finalmente chegou à pensão. Entrou e se jogou no sofá.

-Yo minna...

Ela olhou em volta, viu Nayou, Byaku, um gato e um garotinho. Já tinha visto Nayou e Byaku a alguns dias, quando vieram se hospedar; mas nunca tinha visto aquele garotinho, apesar de que quando o olhava sentia como se já tivesse passado algum tempo com ele. Ela sacudiu a cabeça, tentando deixar de lado todo aquele sentimento de familiaridade que os três lhe traziam.

-Etto... alguém aceita uma bebida?

Yoko puxou uma garrafa de sake do lado do sofá e alguns copos, logo indicou-os à Nayou e Byaku. Sorriu ao ver os olhos curiosos do garotinho que acompanhava Byaku, sentia uma estranha vontade de agarrá-lo...

Ash ainda pensava no estranho demônio que encontrara mais cedo enquanto se divertia na observando as mulheres na loja de lingerie sem ser notado.

Citação :

-Isso sim é que é vida.....

demonio- se divertindo comos novos poderes?

-Você pode me ver?

demonio- mais q isso... eu sei de tudo o que você fez.... e quero que você mantenha assim... Somente asssim poderei ter minha cidade de volta....

-E porque eu deveria te obedecer?

demonio- pergunte a qualquer demonio quem é aigi. se quiser pergunte sobre Willian e Sayou, também fique a vontade... garanto que você vai saber tudo sobre nós...

Ash agora estava sentado próximo dos outros moradores. Usava seu poder para continuar ali sem ser notado, ria da situação.

-Quem diria que eu ia me divertir tanto assim só por fazer um favor a um demonio... -olha para nayou-E no fim ela sequer ficou com ele ou vai se lembrar de toda a historia deles juntos... A menos que...

Um sorriso perverso surgiu nos lábios de Ash. E se ele liberasse algumas memorias para as pessoas ali, seria ainda mais divertido ve-los confusos encarando uns aos outros... Além que iria mostrar para aquele tal de aigi quem realmente mandava aqui

Ash estalou os dedos, logo uma aura azul surgiu em volta de todos ali e algumas memorias retornaram. os rostos confusos encarando uns aos outros enquanto as memoras voltavam uma a uma...
Ele se ajeitou no sofa, ficando mais confortavel para assistir ao espetáculo