Az Gaiden

Isto NÃO é uma aventura nova. Estou criando este tópico para manter viva a Pensão (enquanto todo mundo decide se volta ou não); aqui, vou contar algumas aventuras do Az, do passado, do presente e do futuro. Quem quiser comentar, fique à vontade, a Pensão é de todos nós!

Aqui, no outro extremo do país, pelo menos um leitor está garantido.

(Parece que faz um milhão de anos que digitei dentro desta caixa de texto e cliquei nos botões "Responder" e "Enviar").

OIEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
GENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
QUANTOS CICLOS LUNARES SE PASSARAM, QUANTOS SERIADOS COMEÇARAM E FORAM CANCELADOS, QUANTAS MASCARAS FORAM LAVADAS EM TODO ESSE TEMPO EM QUE NÃO NOS FALAMOS????
SINTO-ME IMENSAMEN-TE FELIZ EM SABER QUE AINDA TEMOS DEDOS E NÃO ESTAMOS COM PARKKKKK INZSSSO NNNN PARA DIGITAR!!
COMO ESTÃO?

Saudades de vocês dois (e de toda a Pensão)! Ainda estou escrevendo o primeiro conto, mas esta semana mesmo devo postar!

"Saiba, ó Jovem,
Que entre os anos em que a Guerra Milenar chegou a seu derradeiro fim e a Galáxia quase sucumbiu numa guerra ainda maior
Quando a vida foi tirada quase completamente do saudoso Zaran
Quando os Anjos caminharam na Terra muito antes da batalha do Armaggedon
Nesta época viveu um guerreiro, Humano de nascimento, Anjo de alma
Nascido para não ser um lutador, seu espírito entretanto superou as limitações de seu corpo
Aluno. Professor. Escravo. Soldado. Comandante. Rei. Navegante do Cosmo. Chefe da Guarda. Anjo. Marido. Pai.
Todas estas coisas e muitas mais ele foi ao longo de sua vida.
Ele, junto com seus amigos e família, lutou para salvar a tudo e a todos.
Para deixar como legado ao Universo que, para o Mal ou para o Bem...
O ser humano é capaz de alcançar o Impossível e a Grandeza do Cosmo.
Estas são suas histórias, tais quais ele as narrou.
Estas são suas CrônicAz..."


PRÓLOGO



Eu meditava tranquilo sentado na posição Seiza no silêncio da floresta. Era bizarro aquilo: nenhum som num raio de mais de dois quilômetros, nem mesmo o piar dos pássaros ou insetos, no máximo uma leve brisa e a corredeira do rio próximo. Os seres vivos temiam a minha presença, ainda que eu não estivesse emanando minha força  ou o meu Ki; por outro lado, os elementos da Natureza continuavam em sua dança eterna sem se importar com quem ou o quê eu era. Óbvio, atualmente eu era poderoso o bastante para mudar aquilo se eu quisesse e parar a Terra inteira mas... a verdade é que eu queria justamente o oposto disto. Não era minha intenção interferir na Natureza ou nos seres vivos e sim me apagar completamente em relação a eles; não ser de modo algum uma ameaça, não fazer eles sentirem medo ou mesmo respeito pela minha pessoa, ser uno com o ambiente à minha volta. E era estranho o quanto aquilo era difícil. Mesmo os menores animais ou até mesmo as plantas à minha volta, de alguma forma sentiam "algo" em mim, sentiam que eu era algo que realmente os ameaçava por simplesmente existir. Como as coisas haviam mudado. No passado, na infância e final da adolescência, eu era fraco como um ser humano normal, até mais do que isso, mas à medida que eu segui o treinamento do sensei Hirokazu, meu corpo, minha mente e meu espírito se fortaleciam dia a dia, até eu ir além da força do próprio Hirokazu. À medida que fui sendo obrigado pelas circunstâncias a lutar, também fui obrigado a treinar mais e mais, e aquilo foi aumentando minha força a níveis que antes eu acharia absurdo, mas que hoje em dia seriam ridículos; eu mesmo não conseguia acreditar que havia chegado tão longe... mas o que mais me impressionava era que, quanto mais alto eu chegava, mais eu descobria que havia muito mais a se subir; por outro lado, eu havia percebido que a força em si não importava tanto, e sim o que eu fazia com ela. Outros teriam desistido até mesmo no começo, ao se deparar com partes que não conseguiriam superar, limites, diriam eles; já eu, há muito tempo pensava diferente. Cada limite que eu encontrava provava o meu ponto: não haviam limites, haviam degraus, alguns mais difíceis de se escalar do que outros, mas cada um levava a ium nível completamente diferente. Haveria um fim? Um "limite para os limites"? Eu só saberia disso se chegasse lá. Porém, mesmo que eu não quisesse, as circunstâncias sempre me levavam a escalar mais e mais degraus. Seja na Terra, em Jurai ou qualquer outro planeta, sempre fui levado a lutar. Claro, eu quase sempre tive escolha de não lutar, mas eu sempre me senti responsável a fazer o que era correto, e o correto era lutar, mesmo quando eu não queria. Aquilo me fazia refletir, naquele exato instante: e se a minha natureza fosse de fato essa? Não apenas a minha, mas a de todo ser humano, fazer aquilo que considera correto? E aqueles que não seguem o caminho correto vão contra esta natureza? Nenhum barulho dos animais, novamente, apenas o vento e a água. É então que algo me dá um estalo: e se eu não estivesse seguindo a minha natureza naquele instante? E se eu estivesse indo contra ela e, ao tentar não ser uma ameaça, eu estava me tornando uma? A Natureza seguia seu fluxo, mas os seres vivos estavam indo contra sua própria natureza, guiados por seus instintos e tentando se esconder atemorizados por sentirem incoscientemente a minha presença, ou melhor, a minha "ausência de presença"; e se eu estava sendo exatamente como os animais aqui e, ao seguir meu instinto, estava indo contra a minha natureza? Eu inspiro fundo o ar. Libero completamente a minha presença ao expirar. Qualquer um que estivesse no raio do alcance poderia sentir aquilo, como um batimento cardíaco... e, de repente, foi como se minha presença se dissolvesse no Universo. Meu Ki pôde ser sentido em toda a Terra como um farol ligado de repente no escuro mas, aos poucos, foi como se ele se incorporasse a todo o ambiente, como uma lâmpada acesa ao meio dia. Eu não havia mais "desaparecido", eu estava "incorporado" ao ambiente, como se fosse parte das rochas, da água e do ar. Um passarinho começou a piar em uma árvore próxima, seguido pelo som de outros seres vivos. Eu sorri. Havia acabado de escalar um degrau. E conseguia ver mais um lance de escadaria à minha frente.

***

Meu coração estava mais tranquilo agora, e minha meditação fluía suavemente. Eu havia entendido como seguir aos próximos estágios do meu treinamento, o que me aproximava mais de poder proteger a Terra, meus amigos e minha família. Proteger... esta sempre foi a minha verdadeira motivação... a razão da minha luta durante tantos anos. Comecei a treinar para proteger minha amizade, com meus amigos da Pensão Hinata. Depois, lutei para proteger suas vidas. Em seguida, para proteger a Terra e, depois, toda a Galáxia... até retornar à Terra, e precisar proteger o Universo inteiro. Proteger era então a minha natureza? Uma sensação de ironia passou por mim, ao lembrar que "O Protetor dos Tesouros" era o significado literal do meu nome Eduardo. E "Protegido por Deus" era o significado de meu nome Azrael. "O Protetor Protegido". Um novo sorriso em meu rosto, que infelizmente interrompeu minha meditação. Fiquei apenas sentado refletindo ali. Quantos eu realmente havia protegido na minha vida? Quantos eu não havia conseguido proteger? Quantos eu havia enfrentado? Todos os dias eu lembrava mentalmente cada uma das minhas lutas, estudando seus nuances, aprendendo mais comigo mesmo e com meus adversários; minhas falhas, meus acertos, meus erros, meus aprendizados. Cada situação era única; lembrei quando protegi Lety-chan pela primeira vez, justamente quando a vi pela primeira vez na Pensão Hinata, a cicatriz da espada em meu braço era quase imperceptível hoje em dia, mas eu podia sentí-la, não pela dor, mas porque aquele havia sido o começo real de minhas aventuras na Pensão após eu voltar do espaço na primeira vez. O começo de meu amor por ela havia sido justamente um ato de proteção. Eu havia voltado à Terra para ficar em paz, após anos batalhando na Guerra Milenar, tentando fugir de vez de batalhas... e acabei tendo que enfrentar ainda mais lutas, e bem mais difíceis. Após tantos combates, eu havia percebido que, por mais que eu quisesse, eu não deveria fugir do conflito e sim encarar os desafios que viriam. Foi por isto que decidi abraçar de vez o treinamento, não mais hesitar em ficar forte, embora eu temesse a força que eu viria a ter... atualmente, eu não encontrava mais ninguém que me fizesse um desafio real e, mesmo assim, eu sabia que aquilo mal era o começo do que me esperava. Eu precisava estar pronto para os desafios, para os oponentes e, principalmente, para as ameaças que viriam, muito em breve. Foi por isso que eu estava ali, meditando naquela floresta, após ter vencido mais uma série de oponentes: eu já havia viajado por toda a Terra, enfrentando todo tipo de desafio, mas eu sabia que logo não me sobraria mais nenhum desafio na Terra. Nenhum... exceto aquele que crescia, dentro do rio que eu observava de olhos abertos agora. Mais de uma hora havia se passado, mas eu sentia sua presença dentro d'água, sentia sua pulsação, sentia cada célula de seu corpo, coisa que eu fiz desde a primeira vez que o senti. Ele ainda não estava preparado, mas no futuro, eu sabia que ele seria meu combate mais difícil, não importa com que intenção nós lutássemos. Seria pelo bem ou pelo mal? Como amigos ou como inimigos? De que lado cada um de nós estaria, do mesmo lado ou de lados opostos? Isto era impossível de prever, mesmo para mim, mas eu faria de tudo para que, ao menos ele, estivesse do lado certo. Vejo ele finalmente saindo da água. Seu sorriso ao me ver mostrava a satisfação juvenil do sucesso.




???: Que tal, pai?

Az: Está ótimo, filho.

Ryu sai da água, arrastando um imenso peixe. Eu me levanto; apesar de anos acostumado a sentar em Seiza, aquela posição nunca ficava totalmente comfortável, ainda mais no meu estado atual, sendo que meu corpo era um redemoinho de dor. Afasto as consequências do meu treino e vou ajudar Ryu com o peixe. Logo estamos sentados perto de uma fogueira, comendo o peixe e conversando tranquilamente.

Az: Está começando a aguentar bem o seu fôlego, Ryu. Mesmo assim, ainda tem que treinar bastante.

Ryu: Você treinava assim também?

Az: É claro. Hoje em dia eu já passei muito desse estágio, mas se você quiser alcançar o meu nível, vai ter que passar por ele também.

Ryu: É, eu sei... Fico só imaginando quando eu vou ser capaz de fazer as coisas que o senhor faz. Me pergunto a Deus se vou ser tão forte quanto você.

Az: Um dia, hehe.

Na verdade, Ryu já havia superado de longe praticamente qualquer garoto de sua idade e a maioria dos homens também. E isso, mesmo não tendo ainda nem dez anos... ou melhor, hoje era justamente o dia que ele completava dez anos. E havia escolhido como presente me acompanhar em mais uma de minhas viagens de treinamento. Na idade dele, eu nem sonhava ter a força que ele tem hoje; eu sempre me perguntava qual seria a minha força se eu não tivesse interrompido meu treinamento com o Sensei Hirokazu aos cinco anos de idade e só voltado a treinar depois dos 19. E hoje eu tinha a resposta: Ryu, com apenas dez anos, já era tão forte quanto eu fui, quando viajei ao espaço pela primeira vez. Mas ele ainda não tinha ideia da força que tinha. Nem o quanto ele poderia ficar ainda mais forte. Óbvio, ele ainda não era forte o suficiente para me oferecer um desafio, mas treinar Ryu era por si só meu segundo maior desafio... sendo que o primeiro, é claro, era ser seu pai, além de suas irmãs, que talvez logo me pediriam para acompanhar nas viagens de treino também. Eu sorri e fiz um cafuné em sua cabeça, enquanto ele mordia um pedaço do peixe. Eu não treinava meu filho para ser meu oponente, embora soubesse que, um dia, inevitavelmente iríamos lutar; eu treinava para que ele não tivesse que passar pelas dificuldades que eu tive, pois seu futuro, assim como o da Terra, era um futuro de combates. Tentava não pensar naquilo agora. Mordia o peixe, temperado com um pouco de Shoyu que sempre levamos; apesar de eu detestar comida japonesa em geral, Shoyu era uma das minhas exceções e sempre temperava minha comida com ele.

Ryu: Papai, me conta uma das suas histórias?

Az: Hum?

Ryu: Você sabe, uma das suas lutas, ou uma das suas aventuras...

Eu sorrio de novo ao ver o olhar curioso e esperançoso dele. Minhas histórias já haviam me rendido boas noites de conversa e até algumas bebidas de graça com meus amigos, e eram também uma ótima forma de ensinar mais coisas a ele, estimulá-lo a treinar e refletir sobre a vida. E também desabafar um pouco os muitos pesos das lembranças que eu carregava nas costas.

Az: Pois então, como diria sua avó, puxe uma cadeira e sente-se no chão, pois irei contar uma das minhas favoritas...


Continua...

"Que entre os anos em que a Guerra Milenar chegou a seu derradeiro fim e a Galáxia quase sucumbiu numa guerra ainda maior"
Esse trecho me lembrou a nova fase do multiverso da Marvel tomando forma, com direito a multiverso da loucura, eternos, celestiais, seres cósmicos e eventos datados de milhões, bilhões, zilhões de anos atrás, tendo suas ramificações e consequências no dia de hoje.

"O ser humano é capaz de alcançar o Impossível e a Grandeza do Cosmo."
Saint Seiya vibes.

"À medida que fui sendo obrigado pelas circunstâncias a lutar, também fui obrigado a treinar mais e mais, e aquilo foi aumentando minha força a níveis que antes eu acharia absurdo, mas que hoje em dia seriam ridículos"
- Por favor, diga logo quantos dígitos tem o poder de luta dele.
- É mais de oito mil!

"Haveria um fim? Um "limite para os limites"?"
Tenho três teorias. The One Above All. Chuck Norris. Super Tengen Toppa Gurren Lagan.

"A Natureza seguia seu fluxo, mas os seres vivos estavam indo contra sua própria natureza, guiados por seus instintos e tentando se esconder atemorizados por sentirem incoscientemente a minha presença, ou melhor, a minha "ausência de presença"."
O termo "ausência de presença" me fez lembrar do anime Yuru Yuri, que não tem nada a ver com a temática desta história, mas cuja protagonista, Akari Akaza, sofre de um problema semelhante: a ausência de presença.

"Em seguida, para proteger a Terra e, depois, toda a Galáxia... até retornar à Terra, e precisar proteger o Universo inteiro. Proteger era então a minha natureza?"
Podemos dizer que proteger está na natureza e na aptidão natural do homem.

"Cada situação era única; lembrei quando protegi Lety-chan pela primeira vez, justamente quando a vi pela primeira vez na Pensão Hinata, a cicatriz da espada em meu braço era quase imperceptível hoje em dia, mas eu podia sentí-la, não pela dor, mas porque aquele havia sido o começo real de minhas aventuras na Pensão após eu voltar do espaço na primeira vez."
Gostaria de saber mais sobre esse primeiro contato entre vocês dois. Isso deve datar lá de trás, da época da pensão do Orkut, do antigo gerente Carlos, da garota chamada Carol sobre a qual não sei nada (acho que era esse o nome) e da participação especial de ninguém menos que a própria Mutsumi.

"Az: Pois então, como diria sua avó, puxe uma cadeira e sente-se no chão, pois irei contar uma das minhas favoritas..."
Deve ser a primeira vez que vejo o Az falar oficialmente (no fórum) algo sobre seus pais.


No mais, gostei da relação entre pai e filho, e do nível de aptidão para a grandeza física e marcial equiparável à dos Saiyajins, do moleque. Parece até o Broly que, quando nasceu, tinha poder de luta de 10 mil.
Manda mais.

Esse trecho me lembrou a nova fase do multiverso da Marvel tomando forma, com direito a multiverso da loucura, eternos, celestiais, seres cósmicos e eventos datados de milhões, bilhões, zilhões de anos atrás, tendo suas ramificações e consequências no dia de hoje.

Mais ou menos. O trecho a que me referi é na verdade a vida do Az, o passado, presente e o possível futuro; a Guerra Milenar (que eu só citei levemente até agora) é a Guerra do império Jurai contra a Coletividade. Esta Guerra começou muito antes de todos nós nascermos, há mais de mil anos terrestres atrás. Na aventura das Armas Sagradas eu cheguei a mostrar um pouco da Guerra, com Az discutindo com um oficial de Jurai sobre a operação no Planeta Zaran, e também trechos do Az e da Lety visitando Jurai e o museu da Guerra.


- Por favor, diga logo quantos dígitos tem o poder de luta dele.

Nesta história junto com o Ryu, atualmente, COM CERTEZA é BEM mais de Oito Mil, hehe.


Tenho três teorias. The One Above All. Chuck Norris. Super Tengen Toppa Gurren Lagan.

Como o Az cita: cada limite é na verdade um degrau. A questão é o que haverá no topo da escadaria... ou mesmo SE haverá um topo.


O termo "ausência de presença" me fez lembrar do anime Yuru Yuri, que não tem nada a ver com a temática desta história, mas cuja protagonista, Akari Akaza, sofre de um problema semelhante: a ausência de presença.

Mais ou menos; eu pensei em algo como o protagonista/vilão do filme e livro Perfume: a História de um Assassino. Resumindo MUITO as coisas, ele é um homem que nasceu com um sentido de olfato praticamente sobrenatural, capaz de sentir o cheiro de praticamente qualquer coisa (até mesmo de vidro) e com um talento quase mágico pra fazer perfume, a ponto de ser capaz de manipular a mente das pessoas com um perfume que desenvolve. Crescido como um pária, ele só foi descobrir depois de adulto que o motivo de as pessoas o acharem estanho e rejeitarem era o de que ele próprio não tinha absolutamente NENHUM cheiro natural, então as pessoas o estranhavam inconscientemente por ser diferente delas, até que ele usou seus talentos para desenvolver um "perfume de gente" e passar despercebido entre as pessoas. No caso do Az, a força dele cresceu TANTO que não adiantava mais apenas esconder a presença ou o Ki (como o pessoal de Dragon Ball) para passar por uma pessoa normal; sempre que ele diminuía seu Ki e sua presença, é como se ficasse um "buraco negro" em seu lugar, mesmo quem não é sensitivo sabe que ali deveria ter ALGUMA COISA, algo MUITO grande, como um fantasma, e é justamente isso que acaba sendo assustador para o instinto: o medo do desconhecido, do quão fundo é esse abismo. Nesse estado de "vácuo", é impossível (mesmo para quem sente o Ki) saber qual a força do Az, mas a sensação que ele causa em quem é sensível ao Ki é um desconforto imenso, um temor irracional, não porque as pessoas consigam ver o quão forte ele é, mas justamente por não conseguirem saber. Porém, nesta mesma história ele aprende a contornar isso, ao se tornar uno com a natureza (e as consequências desse upgrade? Espere e verá, hehe).


Podemos dizer que proteger está na natureza e na aptidão natural do homem.

Exatamente. Ir contra a própria natureza e não se proteger, ou não proteger o que lhe é importante, é ir contra o fluxo natural.


Gostaria de saber mais sobre esse primeiro contato entre vocês dois. Isso deve datar lá de trás, da época da pensão do Orkut, do antigo gerente Carlos, da garota chamada Carol sobre a qual não sei nada (acho que era esse o nome) e da participação especial de ninguém menos que a própria Mutsumi.

Sim, foi exatamente na época do Orkut, quando Az conheceu a Lety. Não tenho também muita informação dessa época (infelizmente perdi totalmente as conversas quando meu HD pifou, e só me restou o que está na minha memória), mas foi antes mesmo do torneio em que Az conheceu o Xysuke e o Cristiano (e também antes de Az aprender a dominar completamente o Seika-no-Itten), quando ainda havia um outro gerente na Pensão, o Carlos (antes da Lety virar a Gerente). Uma pena, a aventura contra o Ganis e o primeiro confronto contra Metraton foram nessa época, antes de termos o primeiro Fórum... Basicamente, quando Az protegeu a Lety do ataque de um homem armado com uma espada foi quando começou a paixão entre os dois; depois começaram a passear juntos, mas sempre tinha algo que os interrompia, até que ficaram sabendo do lance das encarnações (quando surgiram pela primeira vez Auryana e Bright Hansi); o primeiro beijo dos dois foi justamente quando Lety o beijou, liberando o selo de Metraton e liberando o Bright pra ele acabar com o Ganis, o deus do mar ressucitado (a Carol também é desta época, assim como a garota que foi irmã do Az - e depois sumiu, hehe). Depois disso, teve outras aventuras menores (como a inacabada saga dos deuses do Olimpo e a inacabada saga em que o Bright se soltou sozinho e ficou aprontando) e o primeiro combate contra o Metraton, quando as memórias de Az e Lety foram apagadas, até que eles começaram a se conhecer de novo já no primeiro Fórum, antes deste onde estamos). O resto foi contado tudo aqui.



Deve ser a primeira vez que vejo o Az falar oficialmente (no fórum) algo sobre seus pais.

É a segunda vez, não apenas no Fórum, mas em toda a Pensão (desde o Orkut). A primeira vez foi na Aventura das Armas Sagradas, quando Az menciona que levou a Lety para conhecer seu pai e visitar o túmulo da mãe. Isso acontece justamente no post que o Az percebe que a Lety está grávida do Ryu. Fora isso, Az chegou a mencionar que ele morou com a família na Pensão quando era criança, até que seus pais precisaram se mudar do Japão, e que ele voltou apenas quando já era adulto, pra fazer o vestibular.




No mais, gostei da relação entre pai e filho, e do nível de aptidão para a grandeza física e marcial equiparável à dos Saiyajins, do moleque. Parece até o Broly que, quando nasceu, tinha poder de luta de 10 mil.

Na verdade, a aptidão física e marcial do Ryu é exatamente a mesma do Az, sem tirar nem pôr: ZERO, bem redondo. A questão é que Ryu, assim como o Az, tem um senso de esforço e força de vontade monstruosos, a ponto de passar por cima das restrições e falta de talento para conseguir seus objetivos e treinar igual a um louco para conseguir ficar forte. A diferença maior entre os dois é que Ryu foi treinado constantemente sob supervisão do Az, desde os três anos de idade, enquanto Az precisou interromper seu treinamento por mais de dez anos, quando a família se mudou da Pensão Hinata; a mãe do Az trabalhava na Pensão quando ele era criança, foi quando ele conheceu o Sensei Hirokazu Otohime (tio da Mutsumi) que o escolheu como aluno justamente por Az não ter talento natural. Hirokazu queria descobrir se, através de um novo modo de treinamento (focando inicialmente no Ki e depois na parte física) seria possível a alguém sem talento ou força natural chegar ao nível de um mestre. O treinamento de Hirokazu era tão eficiente que, mesmo sem treinar por mais de dez anos, Az ainda sabia por reflexo todos os movimentos do Karatê, mas como não havia completado seu treinamento, sua força física (mesmo adulto) era o de uma criança; uma série de eventos o obrigaram a voltar a treinar, até que ele finalmente conseguiu passar de suas limitações físicas e chegar no nível de mestre; o auge disso foi justamente no combate entre Az e Hirokazu (que eu mencionei aqui na Pensão, lá no Quarto do Az), quando Hirokazu o graduou como o Mestre Supremo de seu estilo. Pretendo contar uma parte de tudo isso nesta série de contos (por isso o nome "CrônicAz" ou "Az Gaiden", as histórias não-contadas do Az), e muito mais: a perda de memória dele, o treinamento em Shaolin e Wudan, o encontro de Az com os Dobradores, o encontro com Mestre Karin, a abdução de Az, o ingresso dele no Império Jurai, a batalha contra a Coletividade, a coroação e abdicação de Az, a deriva espacial... além claro de histórias no presente, no futuro (que é o presente deste conto, com Ryu criança) e no futuro mais distante (com Ryu adolescente). Não sei quanto tempo vou levar pra contar tudo isso, mas quero contar aos poucos, sempre que me sobrar um tempinho e vontade de escrever. Ah sim: Ryu e Az têm zero talento para artes marciais, mas Mio e Mayu é que são as legítimas "gênios marciais" da família, hehe.

Geeeeente! Que bom ver vocês outra vez! É praticamente um colírio para meus olhos ver estes textos novamente. (Não que esteja com o olho inflamado, é uma expressão de algeri...ah deu pra entender )

É bom vê-lo também, Cris, e saber que está vivo e que lembra disto aqui, mesmo com a poeira e as ferrugens tomando conta.

Também é muito bom ver e falar com vocês, meus amigos! Sempre vivo com saudade da Pensão, das nossas aventuras e conversas... e não se preocupem, pretendo em breve postar outra parte deste Gaiden!